
Growth UX: Como o design está impulsionando métricas de negócio
O que é Growth UX? Growth UX é uma vertente do desig...
Por décadas, o website foi o centro de gravidade da presença digital. Um domínio próprio era o cartão de visita virtual, a vitrine definitiva. Mas em um cenário digital fragmentado, hiperconectado e centrado no usuário, a pergunta inevitável é: o website ainda está vivo — ou estamos testemunhando seu lento funeral?
Você ainda acredita que os usuários entram pelo portão da frente? Que digitam www.suaempresa.com e admiram sua hero image, seus serviços, e a call-to-action cuidadosamente projetada? Desculpe informar, mas a maioria dos usuários jamais verá sua página inicial. Eles chegam por links diretos de produtos, landing pages específicas, campanhas de marketing, redes sociais, marketplaces, aplicativos, ou até por experiências de voz e assistentes virtuais. O que antes era um “fluxo” previsível virou um emaranhado de pontos de contato. Hoje, a página inicial não é o começo da jornada — ela é, muitas vezes, uma nota de rodapé.
O website tradicional está sendo cercado — e em muitos casos, superado — por canais mais contextuais e responsivos:
A experiência do usuário migrou para o “ambiente líquido” da internet. Ela flui por onde há menos fricção — e o site tradicional nem sempre é o caminho de menor resistência.
Antes, concentrávamos tudo em um domínio principal por uma razão simples: Google. Era ali que o SEO vivia. Mas até isso mudou. Hoje, o conteúdo relevante pode viver em várias plataformas e ainda assim ser indexado, rastreado, consumido — e performar. O conteúdo é o novo centro, não o site.
Exemplo: quantas vezes você leu um artigo completo no LinkedIn ou Medium, sem visitar o site da empresa que publicou? Ou comprou diretamente pelo Instagram Shopping? Os websites perderam o monopólio da experiência.
Designers e estrategistas digitais precisam deixar de pensar apenas em estruturas de páginas e começar a projetar sistemas de experiência. É aqui que entra o conceito de Design Invisível — experiências que não pedem atenção para si mesmas, mas que funcionam com fluidez, em diferentes contextos, dispositivos e linguagens. O website, nesse cenário, vira um nó na rede, não a rede inteira. As experiências mais relevantes não acontecem dentro de um “site” — elas acontecem dentro da vida do usuário.
Não se trata de substituir, mas de transcender. Veja algumas direções:
Se você é designer, product manager, marketer ou founder, precisa mudar a mentalidade. Aqui estão os novos pilares:
A resposta mais honesta é: o conceito tradicional de “site” como destino principal está morrendo. O que está nascendo em seu lugar é uma experiência digital em rede, onde o website é apenas um componente de um sistema muito mais inteligente, responsivo e centrado no usuário. O website não está morto. Mas quem continua pensando apenas nele está ficando para trás.